Galo diz que anistia de Marighella é um marco na história do Brasil

“A Caravana realizou um ato onde o Estado pediu desculpas oficialmente aos familiares do ex-fundador da ALN [Ação Libertadora Nacional], por ter sofrido décadas de perseguição, envolvendo duas ditaduras. Na Assembleia Legislativa da Bahia [Alba], o PT fez uma homenagem ao guerrilheiro e a sua família quando nomeou a sala da Liderança do partido com o nome dele. Estive com os familiares neste dia e senti de perto a importância de se desmistificar as mentiras que envolviam Marighella”, declara o parlamentar Marcelino Galo.

De acordo com informação prestada pelo Ministério da Justiça em dezembro de 2011, a família de Marighella não solicitou reparação econômica, apenas reconhecimento da perseguição ao militante. No total, foram publicadas na edição desta sexta (9) do Diário Oficial da União 34 portarias tratando de declaração de anistia, ratificação de condição de anistiado político e concessão de reparação indenizatória. Ainda segundo Galo, esse reconhecimento “post mortem” veio após a declaração da anistia. O deputado ratifica que de acordo com o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, o pedido é comum em casos de comprovação da perseguição política aos militantes políticos. “É, acima de tudo, uma quebrar do silêncio para esclarecer que Marighella foi um grande revolucionário que deve ser lembrado como um herói brasileiro”, completa o deputado.
Homenagens do PT
No dia 10 de abril deste ano, o colegiado de parlamentares petistas nomeou a sala da Liderança do partido na Alba com o nome Sala Carlos Marighella. Estiveram no ato, o filho, Carlinhos Augusto Marighella, os netos, Maria Marighella e Pedro Marighella, além de amigos e admiradores. Clara Charf, viúva de Carlos Marighella, que mora em São Paulo, enviou uma carta parabenizando os deputados petistas, que foi lida por sua neta Maria. O filho pediu ao governo da Bahia, onde nasceu o ex-guerrilheiro, a criação de um memorial em homenagem ao pai.