Wagner cria a Comissão da Verdade na Bahia e afirma que vai lutar para preservação de terreiro

Além disso, o chefe do executivo baiano afirmou, durante seu pronunciamento, que vai desapropriar a localidade onde funciona o terreiro de candomblé Ilê Axé Ayrá Izô, no bairro de Campinas de Brotas, em Salvador. “Não é uma decisão que vai de encontro com o poder judiciário, mas o governador tem autonomia para desapropriar e se pela justiça os povos de terreiros não conseguiram, vamos pelo poder executivo e garantir que essas pessoas continuem cultuando sua religião no local de origem”, afirma Wagner.

O deputado Marcelino Galo, reiterou a importância de continuar um debate social que começou no governo federal e que já toma os estados brasileiros. “Temos agora constituído uma comissão que vai investigar os crimes cometidos durante a ditadura militar na Bahia e que será um mecanismo para reescrever a história de pessoas que sofreram torturas e que ainda sentem isso na alma”, declara o parlamentar, que recepcionou a ministra Maria do Rosário em sua chegada no aeroporto de Salvador.

Já a titular da pasta de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), a ministra Maria do Rosário, destacou o projeto na capital Salvador. “Essa é a primeira sessão de cinema que fazemos na rua. Estivemos em outras capitais antes, mas aqui em Salvador é a primeira vez que realizamos a ação no meio da rua, uma nova dinâmica para o cinema e para esse projeto. A intenção é que o projeto continue de forma itinerante no ano de 2012”, finaliza.

Entre os títulos que foram exibidos nesta segunda no Pelourinho, destacam-se obras como “O Cadeado”, de Leon Sampaio, que revela a problematização de um cotidiano existente em diversas regiões do país e aponta esperançosamente para a crença no outro, na coletividade e nos valores humanos. Também estão na lista, “A Galinha que Burlou o Sistema”, de Quico Meirelles e “Funeral à Cigana”, de Fernando Honesko.