Coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista da Bahia, o deputado estadual Marcelino Galo (PT) esteve reunido neste sábado (22) com a população de Itacaranha, Distrito Sanitário do Subúrbio Ferroviário de Salvador, para debater o saneamento ambiental na comunidade. Entre os problemas elencados estão à poluição da praia do bairro na Baía de Todos os Santos com lançamento de resíduos sólidos e esgotos pelo canal de captação pluvial. Outros problemas, como a pesca artesanal com bomba, também foram apontados por moradores na audiência pública que contou com a participação de Luiz Roberto Moraes, PHD em Saúde Ambiental e professor do Instituto de Engenharia Ambiental da UFBA, Moyses Cafezeiro, do Observatório da Baía de Todos os Santos, Bete Wagner, ambientalista e ex-moradora do bairro, e representantes da Embasa e da Secretaria Estadual de Infraestrutura Hídrica e Saneamento.
“Esse é um problema que certamente se repete em outros bairros de Salvador, especialmente aqui no Subúrbio Ferroviário. É preciso, ante o diagnóstico, de uma intervenção integrada, visto que há galerias do sistema de drenagem da água da chuva, construídas pela prefeitura, que tem lançado diretamente na praia resíduos sólidos e também dejetos, já que há ligações clandestinas de esgoto”, afirmou Galo, que também é vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa.
Entre os encaminhados da discussão estão à necessidade de combater a pesca artesanal com bomba na Baía de Todos os Santos, de desenvolver a educação ambiental junto à população, montar um grupo de trabalho, formado por representantes da comunidade, para o acompanhamento das questões ambientais junto aos órgãos do Estado e também da prefeitura responsáveis pelo sistema de drenagem da água da chuva.
O saneamento ambiental compreendeas ações dos poderes públicos para que todos na sociedade tenham acesso ao abastecimento de água potável, coleta e disposição sanitária de resíduos sólidos e líquidos, disciplina sanitária de uso do solo e controle de doenças transmissíveis. “Aqui, por exemplo, constatamos entulhos e lixos sem o recolhimento, o que torna o ambiente perfeito também para a reprodução do aedes aegypti”, observou Luiz Roberto Moraes, que caminhou com Galo e alguns moradores pelas ruas do bairro.