A ONG Human Rights Watch divulgou ontem o relatório “Você não quer mais respirar veneno”, que denuncia intoxicações causadas pela pulverização aérea de agrotóxicos à população em vários estados do país. No sul da Bahia, alunos, professores e sociedade tem sentido na pele os efeitos da utilização desses agroquímicos na plantação de eucaliptos, pulverizados sem as recomendações previstas em lei.
“Como engenheiro agrônomo, conheço bem os riscos a curto prazo, como diarreia, vômito, ardência nos olhos, e a longo prazo, câncer e mal formação de fetos, que esses venenos trazem às pessoas. Na Assembleia Legislativa, temos defendido que a pulverização aérea de agrotóxicos seja impedida na Bahia, para evitar ataques à saúde humana, como o documentado pela ONG. O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo e o nosso povo não merece mais veneno em sua alimentação. Devemos estar atentos para combater atitudes como essa”, disse Marcelino Galo.
O Projeto de Lei nº 21.314/2015, de iniciativa do deputado Marcelino Galo, propõe que a prática seja proibida no estado. “Estes agrotóxicos perigosos à saúde humana só beneficiam os grandes empresários, representados por políticos sem nenhum compromisso com o povo, tanto aqui na Assembleia Legislativa, como no Congresso Nacional. Precisamos estar alertas para que essa pauta não avance nas Casas Legislativas, assim como o projeto de Lei 6299/2002, conhecido como Pacote do Veneno, que flexibiliza as regras para utilização dos agroquímicos no Brasil”, finalizou Galo.
Deputado Marcelino Galo, Engenheiro Agrônomo, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa, coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista da Bahia, vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos.