Marcelino Galo critica cisternas de PVC e fim do convênio com a ASA

Galo considera a construção de cisternas, como vinha acontecendo pela ASA, uma obra social, “onde envolve a família favorecida e os benefícios que a água trará para sua vida. É uma obra de engenharia e o processo é multiplicando para outras famílias. O sucesso da ação da ASA por meio do Programa Um Milhão deCisternas [P1MC e P1+2] está na participação das famílias como protagonistas desua história. No fazer e ser parte do processo”.

No semiárido, a partir do envolvimento das famílias, em torno de tecnologias simples, baratas e de grande impacto, foram sendo construídas cisternas de placas. De algumas dezenas, passaram para centenas e hoje são cerca de 350 mil reservatórios. Uma revolução silenciosa, resultado de uma ação conjunta da sociedade civil organizada, dos governos federal, estaduais e municipais e de vários outros parceiros, inclusive bancos e empresas.

Ato público em Petrolina

Um ato público está marcado para a próxima terça-feira (20) na cidade de Petrolina (PE) para reafirmar a importância da sociedade civil na construção de políticas públicas de convivência com o Semiárido. O ato foi motivado pela declaração do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), no dia 8 de dezembro, de que o aditivo já anunciado e publicado no Diário Oficial da União, para continuidade dos programas da ASA (P1MC e P1+2), não será concretizado, sob a argumentação de que o governo está revendo seus arranjos para o Plano Brasil sem Miséria.

A articulação está mobilizando 10 mil pessoas de todo o Semiárido, entre agricultores e agricultoras e organizações da sociedade civil. A cidade de Petrolina foi escolhida para sediar o evento devido tanto à localização geográfica, que permite concentrar um grande número de pessoas de outros estados do Semiárido, como pela história de luta de diversas organizações daregião.