Galo representa Assembleia Legislativa em evento contra agrotóxicos

Coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista da Bahia e vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos, o deputado estadual Marcelino Galo representou a Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira (14), em Brasília, no fórum Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida, que reuniu 100 movimentos sociais, sindicais, estudantis, intelectuais e entidades ligadas ao meio ambiente.

"Este é um momento de troca de experiências, capacitação técnica e busca de organicidade do grupo de parlamentares, pesquisadores e ambientalistas que lutam por uma agricultura livre de agrotóxicos. Portanto, é um momento de fortalecimento da luta em defesa da saúde e da vida e nosso mandato é um dos elos desta luta na Bahia”, afirmou Galo, autor do projeto de lei, em tramitação na Assembleia Legislativa, que obriga produtores e fabricantes a informar ao consumidor se há presença de agrotóxicos nos alimentos naturais ou industrializados produzidos e comercializados na Bahia.

Entre as bandeiras defendidas pelo fórum Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida, na Capital Federal, está o fim da pulverização aérea, da isenção de impostos aos agrotóxicos, pelo banimento imediato dos agrotóxicos banidos no exterior, por uma água livre de agrotóxicos e pela criação de zonas livres de agrotóxicos e transgênicos.

Desde 2008, o Brasil ocupa o lugar de maior consumidor de agrotóxicos no mundo. Os impactos à saúde pública são amplos porque atingem vastos territórios e envolvem diferentes grupos populacionais, como trabalhadores rurais, moradores do entorno de fazendas, além de consumidores dos alimentos contaminados. No Brasil, segundo a Organização Mundial de Saúde, 500 mil pessoas são contaminadas por ano por conta do uso de agrotóxicos na produção dos alimentos. Em outubro, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) revelou que 36% das amostras analisadas de frutas, verduras, legumes e cereais estavam impróprias para o consumo humano ou traziam substâncias proibidas no Brasil. Segundo estudo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o país aumentou em 190% o comércio desses produtos entre os anos de 2000 e 2010. Apenas em 2010, ainda segundo o órgão, o mercado nacional de agrotóxicos movimentou US$ 7,3 bilhões.