Galo defende direitos das travestis e transexuais

O parlamentar petista reforça sua fala destacando uma nota pública da Articulação Nacional de Travestis (Antra) que reivindica o tratamento no feminino. “Já estou ciente que é politicamente correto dizer ‘a travesti’, mas é importante informar para que entendam e passem a utilizar assim. No Brasil, hoje, as travestis aparecem como a minoria mais estigmatizada da sociedade brasileira. Elas também são vítimas de violência, registrando no Brasil de 1908 até 2012 cerca de 1202 assassinatos de travestis e transexuais, desses, 103 foram na Bahia”, diz Galo referindo-se às informações passadas pela articulação e pelo Grupo Gay da Bahia (GGB).

Segundo o texto, as travestis e transexuais são expulsas de casa, humilhadas na escola e apartadas do mercado de trabalho. Há uma estimativa de que devam existir no Brasil por volta de 500 mil travestis e transexuais, 90% vivendo como profissionais do sexo. “Os dados da nota são fundamentais para entendermos a dimensão do caso. Tanto que na Bahia o número devem ultrapassar mil indivíduos, mais de 300 só na capital. Nos jornais, nos anúncios de encontros eróticos, apresentam-se como ‘bonecas’, geralmente listando seus atributos mais procurados pelos clientes, em sua maioria homens bissexuais”, frisa o deputado.

Em Salvador, o dia das travestis terá uma exposição de fotografia e cartazes na sede do GGB. O grupo baiano também se manifestou e, segundo pesquisa, entre 1980 e 2012 foram registrados 1202 assassinatos de travestis e transexuais no país, uma média de um homicídio a cada 10 dias, dos quais, 103 na Bahia no mesmo período. “Em 2012 foram assassinadas no Brasil 128 travestis: Roraima, Mato Grosso e Rondônia foram os estados mais ‘transfóbicos’, uma média de 1,9 travesti assassinado para cada um milhão de habitantes”, aponta texto enviado pela Antra. Ainda segundo o comunicado, os crimes contra travestis profissionais do sexo são cometidos predominantemente na rua, “na pista”, altas horas da madrugada, utilizando-se armas de fogo e, em menor número, arma branca e espancamento. Muitos dos assassinos alegam “legítima defesa da honra” e vingança por roubo ou por transmissão da Aids.