Galo defende democracia e taxação das grandes fortunas no Grito dos Excluídos

Em sua 21ª edição, o Grito dos Excluídos reuniu, em Salvador, cerca de 4 mil pessoas, segundo os organizadores, no desfile do 7 de setembro, dia da Independência do Brasil. O tradicional protesto da esquerda na Avenida Sete de Setembro reuniu cerca de 20 entidades sindicais e de movimentos sociais que criticaram a ofensiva conservadora da direita no Brasil, os pedidos de impeachment, retorno da ditadura militar e a defesa da redução dos investimentos em áreas sociais, d maioridade penal, além do discurso midiático de criminalização dos movimentos sociais. O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, deputado Marcelino Galo (PT), defendeu que os movimentos sociais associados à sociedade civil organizada e aos trabalhadores devem intensificar a luta contra a exclusão, as condições precárias de vida e trabalho e defender a promoção de direitos e o retorno do ciclo de desenvolvimento que esteja centrado na inclusão, organização e participação popular no país.

“Refutamos toda pauta reacionária que defende o fim das políticas sociais, a penalização dos trabalhadores e a criminalização dos movimentos sociais e sindicais. Somos a favor da taxação das grandes fortunas e contra o ajuste que penalize o trabalhador, mas também defendemos a democracia e a decisão das urnas que escolheu Dilma Rousseff presidenta”, afirmou Galo, que caminhou ao lado de militantes, do deputado federal Jorge Solla, do ouvidor geral do Estado, Yulo Oiticica, do movimento de luta por moradia digna, representantes da Pesca, Assentados e Agricultura Familiar, da Pastoral da Juventude e da Pastoral Carcerária. “Nossa luta é pelo desenvolvimento inclusivo, participativo, onde a riqueza seja socializada com a classe trabalhadora. É preciso inverter essa lógica de socializar apenas os prejuízos com os trabalhadores quando a primeira crise bate à porta. Queremos desenvolvimentos econômico e social atrelados também aos princípios da preservação ambiental, da segurança e soberania alimentar”, argumentou Marcelino Galo, que na Assembleia Legislativa também coordena a Frente Parlamentar Ambientalista da Bahia.

Criado em 1994, o Grito dos Excluídos é organizado pela Pastoral Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e movimentos sociais. Este ano a mobilização social, que ocorreu em 25 dos 27 Estados da Federação, teve como lema “Que país é este, que mata gente, que a mídia mente e nos consome”.