Galo critica perdão de dívida bilionária a ruralistas e chama Temer de irresponsável

Michel Temer se especializou em cometer crimes de lesa-pátria.

População tem que lutar e ir para ruas contras medidas de Michel Temer, enfatiza Galo. Foto Daniel Ferreira.
População tem que lutar e ir para ruas contras medidas de Michel Temer, enfatiza Galo. Foto Daniel Ferreira.

O coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista da Bahia, deputado estadual Marcelino Galo (PT), criticou duramente o perdão de até 60% das multas ambientais, que somam R$ 4,6 bilhões, a ruralistas que cometeram crimes no Brasil. A medida foi garantida por Michel Temer em decreto assinado nesse sábado (21) em ato político com aliados no Mato Grosso do Sul. Para Galo, a decisão faz parte de um conjunto de ações retrógradas, como a flexibilização e enfraquecimento da fiscalização e do combate ao trabalho escravo no Brasil, que o governo tem tomado para garantir os votos necessários para barrar a segunda denúncia contra Temer no Congresso Nacional.

“O governo golpista age irresponsável e vergonhosamente para salvar a pele do líder de uma organização criminosa, conspirador e usurpador de primeira ordem, especialista em cometer crimes de lesa-pátria, que tomou o poder central de assalto para massacrar a classe trabalhadora, com as reformas da previdência e trabalhista, e beneficiar o capital financeiro e os maus empresários com o congelamento dos gastos públicos por 20 anos e a ‘revogação’  da Lei Áurea e outras séries de medidas que põem em risco a soberania e o desenvolvimento nacional”, condenou Galo, lembrando que a bancada ruralista é  formada por 195 deputados federais.

Além do perdão das multas, Temer assegurou aos ruralistas que as punições serão substituídas por prestações de serviços.

“O golpe nos revela, a cada dia, o escárnio imposto por uma organização criminosa que deveria revoltar e envergonhar qualquer cidadão consciente dos seus direitos e das conseqüências danosas que essas medidas imorais causarão na vida prática da população. É preciso que o cidadão comum reaja, levante e lute, nas ruas, do contrário a situação tende a piorar”, reflete Marcelino Galo, que condenou também a redução de 95% do orçamento para o programa cisterna, premiado projeto de combate à seca no Nordeste.

“Vão matar um dos principais programas contra a seca no semiárido de inanição, por falta de recursos, e centenas de pessoas e animais de sede. É mais uma ação danosa à população do consórcio golpista liderado pelo PMDB, DEM e PSDB”, enfatizou.