O deputado estadual Marcelino Galo (PT) vai protocolar requerimento na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa convidando o superintendente da SUCOM, Silvio Pinheiro, a dar explicações sobre a operação que destruiu imóveis na comunidade da Favelinha e outras ações repreensivas contra trabalhadores e comerciantes da capital baiana. O petista, que integra o colegiado, considerou a ação na Magalhães Neto desumana, “uma afronta ao Estado Democrático” e afirmou que as operações da prefeitura deixam entender que há em curso “um processo de higienização social” na cidade.
Galo também questiona os critérios e a justificativa do governo ACM Neto para perseguir ambulantes e as baianas de acarajé das praias, comerciantes na Ribeira e a artesãos, cordelistas e repentistas da Praça Cayru, em frente ao Mercado Modelo no Comércio. “A sustentabilidade desses cidadãos precisa ser respeitada e não pode ser inviabilizada por uma operação articulada que visa colocar esses trabalhadores à margem da sociedade como se marginais fossem. Há, portanto, uma responsabilidade social e econômica efetiva da prefeitura com o futuro dessas pessoas, desses cidadãos. Que precisa ser explicada”, afirmou.