DEM foi mais violento contra a OAB do que ditadura, afirma Marcelino Galo

O deputado estadual Marcelino Galo (PT) repudiou na sessão plenária desta segunda-feira (17) na Assembleia Legislativa as críticas do secretário de Transporte e Urbanismo de Salvador, José Carlos Aleluia, e de parte da bancada do Democratas a Ordem dos Advogados do Brasil, seção Bahia. O petista afirmou que “nem a ditadura foi tão violenta com a OAB como os políticos vinculados ao DEM” e que é “preciso mais respeito a uma dasentidades mais dignas da história deste País, que sempre prestou grandes serviços à sociedade na luta pela democracia, pelos direitos humanos”.

“A forma virulenta, truculenta como foi atacado o presidente da OAB é coisa nunca vista na história deste Estado. Inclusive, a ditadura não foi tão bruta, tão violenta com a entidade, como os políticos vinculados principalmente ao DEM, e a essa aliança que dá sustentação ao prefeito ACM Neto, que vem no sentido da velha prática que a história baniu deste Estado, que é perseguir, intimidar aquela entidade”, registrou Galo, antes de concluir.

“Os advogados devem ficar de olho, devem se manifestar. Por que esse ataque a sua entidade? É um desrespeito, uma agressão descabida, de baixo nível, tentando somente, como sabemos, intimidar como se fazia antes. Hoje, não há mais lugar para isso. A ditadura acabou neste País, as velhas formas, anacrônicas e atrasadas! Eles perderam o poder, mas não largam a pose de forma nenhuma. Está de parabéns o presidente da OAB, o advogado Luiz Viana. A nossa homenagem àqueles que têm coragem. Nada mais nada menos de homenageá-los”.

A Ordem dos Advogados do Brasil, seção Bahia, através do seu presidente, Luiz Viana Queiroz, ingressou na Justiça com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) contra o projeto de Lei que reajusta o IPTU em Salvador. Em nota à imprensa Aleluia afirmou que o advogado “não deveria colocar seus próprios interesses acima da instituição". E que a"história de lutas da OAB em defesa da justiça social no Brasil se curva aos interesses mesquinhos de quem não quer ver Salvador voltar a brilhar”.A declaração do democrata motivou críticas tanto de advogados quanto de políticos baianos.