Curso ensina a agricultoras familiares cardápio com uso da mandioca

O evento, que acontece até esta sexta-feira (24), é realizado em uma casa de farinha, no próprio assentamento, e tem a finalidade de estimular o desenvolvimento econômico rural em áreas de reforma agrária e o uso da mandioca na culinária local.Participam do curso 20 agricultoras familiares, que estão sendo capacitadas a produzir diversas receitas usando a mandioca. As aulas são ministradas pela culinarista do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Emília Lúcia Góes, que traz em seu plano de aula práticas de higiene na cozinha, valor nutricional dos produtos, montagem do cardápio e publicações digitais da cultura da mandioca, entre outros recursos.

Emília Góes disse que a partir do curso as agricultoras familiares terão mais uma alternativa de trabalho, renda e alimentação. “A partir das aulas, as participantes estarão aptas a produzir diversos produtos saborosos e ricos em vitaminas, já que a mandioca é um alimento bastante energético”.
O técnico em agropecuária da EBDA, do Núcleo de Assessoria Técnica Social e Ambiental (Ates), Fernando Silva, explicou que nos assentamentos é comum o plantio da mandioca, porque a raiz é responsável pelo potencial produtivo agrícola da região, e a maioria das famílias produz apenas a farinha.
“Diante dessa realidade, resolvemos trazer algo que pudesse contribuir com o desenvolvimento socioeconômico dos assentamentos para agregar valor ao produto”, destacou o técnico. A proposta do curso, que visa proporcionar renda, é o fornecimento dos produtos elaborados ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
Comercialização dos produtos
Fernando Silva explicou que as agricultoras familiares poderão comercializar seus produtos em feiras, exposições e eventos que estão no calendário festivo da cidade. “Os produtos feitos com mandioca são bem-aceitos no paladar popular. O tradicional bolo de aipim é vendido nas padarias, supermercados e lanchonetes. Com isso, não haverá dificuldades na comercialização”.O curso tem carga de 40 horas e as alunas recebem material didático, como apostilas de receitas e vídeos. No final da capacitação será emitido pelo Senar um certificado de participação.