O deputado estadual Marcelino Galo (PT) repudiou com veemência, em pronunciamento no plenário da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (30), a informação de que “Bolsonaro fiscalizará a agenda cultural e intelectual na Bahia”. O parlamentar classificou tal possibilidade como “tirana”, “autoritária” e uma afronta à Constituição Federal que protege a liberdade artística, de produção cultural, intelectual e cientifica como direito fundamental, vedando “toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística (art. 220, parágrafo 2º)”.
“É uma das coisas mais esdruxulas que eu já vi na minha vida”, afirmou. “Que sociedade é essa que queremos? Não existe civilização sem educação, sem cultura. Como é que se tem coragem de se falar uma estupidez como essa? Que país que vai se construir assim (sic)”, indagou Galo, ao saudar a memória de Mestre Moa do Katendê e considerar que “estamos vivendo sob um Estado de demência e que não permitiremos a destruição da Cultura da Bahia”.