Acontece até amanhã (21), a 1ª Conferência Estadual de Desenvolvimento Regional e Territorial.

Na solenidade, representantes de 13 entidades dos territórios de identidade receberam, cada um, um veículo Gol 1.0, por meio de um contrato celebrado entre a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).O governador falou sobre a importância do desenvolvimento regional para um estado com as dimensões da Bahia, “do tamanho da França. Temos quatro biomas, uma diversidade populacional, com comunidades quilombolas, indígenas, trabalhadores rurais, empresários de tamanhos diferentes, e precisamos reconhecer que existem várias Bahias dentro do nosso território”.

Resultados
Wagner afirmou que a política estadual de integração regional já apresenta resultados. “Em cinco anos e sete meses de governo, chegamos a meio milhão de empregos com carteira assinada na Bahia – 27% na região metropolitana e 73% no interior. Justamente por esta política de integração regional e inclusão social, os mercados não estão mais concentrados, proporcionando uma dinâmica econômica diferenciada, com qualidade no comércio, na indústria, na agricultura, no agronegócio, em diversos segmentos”.
O secretário do Planejamento, Sérgio Gabrielli, disse que o planejamento precisa trabalhar com a dimensão setorial e de grandes recursos orçamentários e com a dimensão espacial. “Hoje, a dinâmica econômica do estado é fortemente influenciada pelo crescimento do consumo interno e de investimentos”. Como avalia, o estado está passando por um boom de consumo interno, que é resultado da distribuição e dos programas de transferência de renda, aumentando a atividade de consumo nas pequenas e médias cidades.
“Estamos tendo também um enorme volume de novos investimentos descentralizadores, fora da região metropolitana, em especial na área de mineração e energia”, afirmou Gabrielli. Segundo ele, o Nordeste e a Bahia crescem mais do que o Brasil, e esse crescimento se dá principalmente nas cidades médias e pequenas.
Ações baianas são exemplo para outros estados
De acordo com o secretário da Sedir, Wilson Brito, o Estado está fortalecendo a política de territórios na Bahia. “Estamos democratizando os recursos, direcionando as ações governamentais para que a sociedade civil, por meio das comunidades, associações e cooperativas, possa definir como o governo deve chegar à ponta”.
Brito disse que a conferência vai democratizar ainda mais estas ações. “Há ainda, no estado, muitos bolsões de pobreza, pessoas vivendo abaixo da média nacional do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), e estamos discutindo o futuro com base em uma análise do que já fizemos”.
Para o presidente da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) e representante do Ministério da Integração, Elmo Vaz, “a Bahia tem muito a ensinar a outros estados porque já desenvolveu uma cultura de participação social e territorial no processo de desenvolvimento regional”.
Segundo ele, a partir de 2007, houve uma participação mais ativa das diversas regiões do estado, com a criação dos territórios de identidade. “O PPA passou a dar frutos, o Água para Todos também é um grande exemplo de participação social”.
Segundo Vaz, serão discutidos durante a conferência parcerias entre a Codevasf e o Governo do Estado. “São exemplos ações significativas como a irrigação dos baixios de Irecê, do Salitre, e o projeto de integração a partir do Rio São Francisco, envolvendo as bacias do Itapicuru, do Jacuípe, do Itaguaçu. Temos também o projeto de interligação dos modais tendo o São Francisco como eixo principal”. Ele disse que o resultado da conferência será um documento norteador das políticas públicas para os próximos anos, subsidiando um evento macrorregional, sediado pela Bahia, e culminando, em dezembro, na conferência nacional, em Brasília.
Fonte: Secom