Ações de Marcelino Galo na Assembleia expõem recorte racial nas áreas de atuação

Essas ações se referem às políticas públicas como a transferência de renda, com programas sociais e capacitação de jovens negros entre 16 e 25 anos. Na Bahia, o deputado estadual Marcelino Galo (PT) direciona sua atuação na Assembleia Legislativa (Alba) para as causas do movimento negro. Foi assim com a aprovação do projeto de lei que criou o Programa e a Política de Assistência Técnica e Extensão Rural Pública (Proater e Peater) e agora com o projeto que pode garantir terras aos remanescentes de povos quilombolas e de fundos e fechos de pastos.

“Em ambas as peças fui relator e me orgulho muito de auxiliar e trabalhar as melhores diretrizes ouvindo os órgãos envolvidos e os grupos que serão beneficiados. Nesses dois casos o foco principal foram as comunidades rurais que, em sua maioria, são compostas de pessoas negras, que sofrem com o descaso e com a falta de políticas e que merecem uma vida digna nas regiões em que vivem. Se lutamos por regularização fundiária para povos quilombolas, lutamos por uma causa também do movimento negro”, afirma o parlamentar petista. Galo ainda destaca a criação da Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade (Sepromi) e a prioridade que a Bahia tem dado nas ações do Carnaval, por exemplo, com a valorização dos blocos afros, ação pioneira que prioriza a cultura negra na maior festa popular do país.
Segundo a chefe de gabinete do deputado, Ana Torquato, o mandato está voltado para as lutas das comunidades negras, independente de suas origens. “Mantemos funcionários negros, com cerca de 75% do contingente de assessores e assessoras que contratamos para atuar em diferentes regiões do estado. Galo sempre priorizou as causas dos povo negro até por ser oriundo de movimentos sociais e populares e o povo negro está inserido neste contexto”, declara. Ainda de acordo com Torquato, o mandato petista prioriza a reparação e diminui a distância entre as políticas públicas e os governos. “Somos um caminho para esse acesso. Todas as ações perpassam por esse debate da comunidade negra. Pesca, LGBT, mulheres, agricultura familiar, educação, saúde possuem sempre um recorte racial”, completa.