“É uma pressão natural que vem das ruas e que deve ser ouvida e considerada, principalmente por suas propostas, como sempre fizemos dentro do Partido dos Trabalhadores. O protesto na Assembleia Legislativa foi pacífico e não justificaria o presidente da Casa não atender os manifestantes, tanto que no dia 8 de agosto teremos uma audiência para tratar dos assuntos”, diz Galo.
De acordo com o parlamentar, entre as demandas sugeridas pelo MPL estão o passe livre nos ônibus para todos os estudantes, inclusive de curso pré-vestibular. “A ampliação e renovação da frota, por exemplo, já deveria ter acontecido há muito tempo. E Salvador é uma das maiores capitais do país, não ter transporte coletivo 24 horas em atividade é uma vergonha”. O MPL pede ainda a criação do Bilhete Único, benefício tarifário permitindo a realização de quatro viagens dentro do prazo de três horas, como já existe em São Paulo e outras capitais. Também pede a execução do projeto “Cidade Bicicleta”, que prometeu ampliar a malha cicloviária da região metropolitana para 217 km.
“Essas ações devem ser acompanhadas, principalmente no que se trata da utilização da bicicleta. Na Assembleia, existe um projeto de lei em tramitação que pede a implementação de infraestrutura cicloviária para eliminar barreiras urbanísticas, garantir segurança aos ciclistas e reduzir o número de veículos nos grandes centros urbanos. É um equipamento acessível a quase toda a população e serve também para prevenir e reduzir doenças na população causadas pela poluição”, completa Galo.
Mais propostas do MPL
O grupo cobra também a ampliação do programa “Domingo é Meia” para os feriados e inclusão dos usuários do Salvador Card no programa; extinção do pagamento de taxa para recadastramento; construção de novas estações de ônibus e imediata reforma e integração de todas as estações existentes; construção de mais faixas exclusivas para ônibus; abertura da caixa preta da SETPS, com a revisão dos custos e contratos pelos órgãos competentes, além da ativação e ampliação do metrô, investigação pelo Ministério Público dos gastos com a construção do metrô, iniciada há 13 anos.