Um incidente por pouco não causa o maior tumulto para a saída do Grito dos Excluídos, ontem. Uma Kombi de apoio a 22ª edição do ato em Salvador, que transportava água para crianças e idosos, teve o acesso ao Campo Grande negado pela Transalvador. O veículo, que pertence às Pastorais Sociais da Arquidiocese de Salvador, estava na Avenida Leovigildo Filgueiras, ao lado do Teatro Castro Alves, esó foi liberado depois da intervenção do deputado Marcelino Galo (PT), que chegou a ligar para o superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller, para comunicar o que considerou ação arbitrária do órgão. “Há mais de 20 anos que o ato ocorre em Salvador e sempre há o carro de apoio ao movimento, que transporta água para crianças e idosos, de modo que o bloqueio foi uma ação desnecessária, arbitrária, e que, justifica, por outro lado, a luta de quem participou do ato no Campo Grande contra essa exclusão e marginalização de movimentos sociais”, afirmou Galo, que esteve acompanhado do padre José Carlos Silva, coordenador das Pastorais Sociais da Arquidiocese de Salvador. "É a prova cabal de que os pobres ficam cada vez mais excluídos", endossou Silva.