Coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista e vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado estadual Marcelino Galo (PT) usou o pequeno expediente no plenário, nesta quarta-feira (22), Dia da Terra, para refletir sobre os riscos que os impactos ambientais e as mudanças climáticas apresentam à humanidade. Galo defendeu a implementação na grade escolar da disciplina “Educação Ambiental”, como forma de conscientizar e capacitar a sociedade a melhorar sua relação com o meio ambiente. Marcelino também afirmou que eventos como excessos de calor, frio, seca e chuvas fortes e espaças, são sinais de que o planeta pede mudanças nos padrões de consumo estabelecido pelas sociedades.
“Temos que assumir nossa responsabilidade frente ao que está colocado. Ou tomamos medidas, não só no legislativo, mas também através da educação ambiental para que as pessoas possam compreender sua relação com a natureza e a questão ambiental, ou enfrentaremos grandes problemas”, analisou o petista, ao apontar o sonho americano como um dos grandes responsáveis pelo aumento na emissão de dióxido de carbono para atmosfera. “Se continuarmos nesse padrão de consumo ascendente, vamos aumentar quatro graus Celsius a temperatura no planeta, exaurir os recursos naturais, e sofrer os impactos violentos que isso terá sobre toda forma de vida”, alertou Galo.
Estudos divulgados pelas revistas“Nature Geoscience” e “Nature Climate Change”, em setembro passado, antes da cúpula das Nações Unidas sobre o clima, apontaram que aatividade humana em todo o mundo foi responsável por lançar uma quantidade estimada em 39,8 bilhões de toneladas de dióxido de carbono no ar. A pesquisa informou que o lançamento de poluentes de carbono na atmosfera foi maior em 2013 do que em toda história. China, Estados Unidos e Índia lideram os lançamentos dos gases de efeito estufa na atmosfera, cujas implicações apontam para elevação do nível do mar, acidificação dos oceanos, ondas de calor, inviabilidade de áreas para agricultura, desertificação de florestas, epidemias e redução de até 40% do fluxo dos rios.