No Dia Mundial da Água, comemorado nesse domingo (22), o coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista da Bahia, deputado estadual Marcelino Galo (PT), alertou para crise hídrica vivida no mundo e criticou a privatização da água. “Nós temos que tratar a água como bem comum, de direito e pleno acesso a todo povo, não como uma mercadoria. Hoje, apenas 45% da população urbana e 0,2% da rural, no mundo, têm água em casa. No Brasil, 40% da população ou não recebe água, ou recebe água de baixa qualidade, ou com grandes intervalos. A assimetria é enorme e o direito humano a água não está sendo respeitado”, enfatizou o parlamentar. De acordo com Galo, 2 bilhões de pessoas não tem acesso a água tratada no planeta e as mudanças climáticas tende a agravar a situação com excessos de frio, calor, secas e falta de chuvas.
“A mudança climática vai nos submeter a uma condição de excessos de frio, calor, falta de chuvas e excesso de secas. Isso vai se abater sobre a sociedade como todo, mas concentrando seus efeitos negativos sobre os mais pobres. Que vão pagar mais caro por uma crise como essa”, alertou Marcelino, que é vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa. “Ou a gente como sociedade se mobiliza para defender a vida no planeta, com outro modelo econômico e de desenvolvimento, que não permita a exploração brutal da natureza e o consumo inconsequente, ou a crise ambiental irá se agravar, com danos irreparáveis, irreversíveis e sem precedentes à vida na terra”, endossou Galo, que na última quinta-feira participou do debate sobre mudanças climáticas e aquecimento global, no Ministério Público, e do Seminário Internacional de Saneamento, que discutiu a necessidade de políticas públicas para recuperar os mananciais hídricos, às matas ciliar e atlântica, no Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado da Bahia (Sindae), em Salvador.