Movimentos sociais farão ampla mobilização para devolução de mandatos na Bahia



Movimentos sociais e estudantis na audiência pública presidida pelo deputado Marcelino Galo.

A devolução dos 13 mandatos de deputados baianos cassados durante a ditadura militar, na década de 60, vai contar com ampla mobilização dos movimentos sociais e estudantis da Bahia. As estratégias para a organização da solenidade histórica foram discutidas em uma audiência pública, nesta quarta-feira (19), na Assembleia Legislativa. De acordo com o presidente do colegiado, deputado Marcelino Galo (PT), a rememoração do golpe militar, com a devolução simbólica dos mandatos no dia 31 de março, será um contraponto ao regime “que impediu a constituição de uma nova democracia, com um processo civilizatório mais justo social e economicamente a partir das Reformas de Base”.

O dirigente nacional da Consulta Popular, Mário Neto, corrobora com o pensamento do petista. "Precisamos relembrar este momento trágico da nossa história, analisar as estruturas da ditadura dentro do Estado que ainda hoje impedem os avanços nas políticas sociais no Brasil. As burocracias existentes retardam os processos de progresso em nosso país”, afirmou.Ainda de acordo com Galo, a sessão especial terá a participação das Comissões Nacional e Estadual da Verdade, das Comissões Municipais da Verdade de Feira de Santana e Vitória da Conquista, além da Comissão da Verdade da Ordem dos Advogados da Bahia (OAB) e da Comissão de Memória e da Verdade da Escola de Direito da UFBA.

Participaram da audiência desta quarta-feira representantes doLevante Popular da Juventude, do Diretório Central dos Estudantes da UFBA, da Juventude do PT, diretório estadual do PT da Bahia, diretório Municipal do PT de Salvador, das tendências Militância Socialista e Movimento PT, doCentro Vitor Meyer, do Centro Cultural Carlos Marighella, dacoordenação estadual do plebiscito pela Constituinte Soberana, da direção nacional da Consulta Popular, da direção da Associação Baiana de Imprensa (ABI), do Coletivo Estopim, do Coletivo Crioulo, do movimento de Luta pela Moradia Digna e de estudantes de Direito do Centro Universitário Jorge Amado.