O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Marcelino Galo (PT), avaliou que a retirada da pauta de votação da proposta de reforma da Previdência nesta quarta-feira (13) “tem que fortalecer a luta e unidade dos movimentos populares contra a Proposta de Emenda Constitucional 287 que, na prática, representa o fim da aposentadoria para boa parte da classe trabalhadora”. O parlamentar, que esteve reunido com camponeses do Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), se solidarizou com representantes da organização social, do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras por Direitos (MTD) e o Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), que, desde o dia 5, fazem greve de fome em Brasília contra a reforma da previdência.
“A reação empreendida pelos militantes sociais representa um gesto de grandeza destinado a despertar consciências. É a expressão mais contundente da rejeição da reforma da previdência pela população brasileira”, afirmou Galo. O parlamentar lembrou que a manobra de Michel Temer e aliados se deu pelo fato do governo não ter o apoio de 308 deputados. “É preciso ficar alerta, porque o balcão de negócios vai se consolidar. Temer vai às compras”, apontou Galo, para quem não existe déficit previdenciário no Brasil.
“Dados da Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas do Brasil e a Associação de Auditores Fiscais da Receita Federal comprovam que de 2005 a 2015 a Previdência Social teve saldo positivo de R$ 658 bilhões. Esta reforma nefasta só beneficia as operadoras de planos privados de previdência e os especuladores da dívida pública, em detrimento dos direitos e conquistas sociais históricas do povo brasileiro”, enfatizou.