O ex-prefeito de Luiz Caetano e o secretário Sérgio Gabrielli foram os postulantes ao cargo maior do executivo que fizeram uma explanação sobre o projeto administrativo e político de Camaçari e das ações do governo petista nas gestões estadual e federal. Para fechar o debate de conjunturas, o atual prefeito do município, Ademar Delgado, esteve no encontro e parabenizou a iniciativa do MPT de abrir o diálogo do processo sucessório e convidou a tendência a participar da construção dos seus oito anos de mandato.
No evento do agrupamento interno, participou também, o deputado estadual Marcelino Galo (PT), membro do MPT na Bahia, que pregou a união do partido durante sua fala. “Queremos consenso, mas queremos o consenso inclusivo. Isso significa que a militância, os diretórios municipais, diretório estadual, a executiva, parlamentares, possam juntos construir essa unidade e fortalecer essa união para caminharmos para outro mandato do PT na Bahia”, destaca o parlamentar, que é um dos pré-candidatos à presidência do partido.
O ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, fez uma breve saudação e explicou a conjuntura nacional para os debates no estado. Para ele, o fortalecimento do governo vem com a força do partido. “A opção pelos mais pobres no governo precisa ter continuidade. Além disso, para 2014, é fundamental que o PT tenha candidato. Devemos afirmar a unidade entre os quatro candidatos do PT. Assim afirmaremos o PT no processo de sucessão do nosso governador”, pontua. Já Caetano conduziu sua fala lembrando as ações realizadas no município de Camaçari quando foi prefeito e da importância do PT ouvir sua base. “O partido só vai ter candidato se ouvir a militância. Só assim teremos um candidato competitivo. Na hora que a militância do PT entrar, aí vocês já sabem”.
Militantes cobram debate do partido
Dois militantes históricos do PT foram destaques no primeiro encontro do Movimento PT em Camaçari. Trata-se do jornalista Ernesto Marques e do ex-secretário de Assistência Social do município, Carlos Silveira. Ambos foram enfáticos ao usarem a palavra para questionar e cobrar mais debates dentro do PT. “Teve gente na internet dizendo que esse encontro seria uma convocação irresponsável. Irresponsável é não organizar o PT, é não debater com a sua militância, é fazer com o que as decisões saiam de gabinete e não de chão de fábrica, ou do chão da zona rural e das nossas organizações”, dispara Marques, que também é o vice-presidente da ABI.
Para Silveira, a tendência Movimento PT toma a iniciativa de ampliar e ratificar a discussão interna. “Quero parabenizar a construção deste encontro. A formação desta corrente que ajuda a oxigenar os debates internos. Nós precisamos afinar nossa viola na sucessão de Wagner, para não aceitar um candidato que não seja petista. Não podemos interromper nosso projeto”, finaliza o membro do diretório municipal do partido de Camaçari.