“Michel Temer persegue pescadores e faz mal ao Brasil”, afirma Galo

“O governo golpista liderado por Michel Temer, com apoio do PSDB, DEM, PMDB e outros partidos fisiológicos, persegue os pescadores e faz mal ao Brasil”. A afirmação foi feita pelo deputado Marcelino Galo (PT), no Subúrbio Ferroviário de Salvador, na Cooperativa de Pescadores da Baía de Todos os Santos (COOPESBA), entidade presidida por José Dalmo Alves, durante ato que debateu a conjuntura política nacional e seus reflexos sobre a classe trabalhadora que atua na pesca. Na avaliação de Galo ao invés de perseguir pescadores e marisqueiras o governo deveria formular políticas para fomentar a pesca e aquicultura no Brasil.

“Com muita desfaçatez e autoritarismo, os golpistas querem usurpar direitos e conquistas históricas do povo brasileiro com reformas, como da previdência e trabalhista, que penalizam duramente ainda mais os pescadores e marisqueiras, para garantir o lucro do capital financeiro e especulativo. Eles não têm compromisso com políticas públicas que fortaleçam e potencializem o desenvolvimento nacional. Ao invés de perseguir a pesca esse governo ilegítimo deveria apresentar políticas de incentivo à produção pesqueira, como fizemos ao apresentar na Assembleia Legislativa, entre outros, o projeto de Lei que dispõe sobre a Política de Desenvolvimento da Pesca e Aquicultura Sustentável na Bahia”, afirmou o parlamentar, que preside a Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública.

Outra critica, também levantada pelos pescadores e marisqueiras presentes, foi o atraso no pagamento do seguro defeso e o endurecimento das regras de concessão, o que põe em risco, por outro lado, o ecossistema marinho, já que com isso a pesca fica liberada no período de reprodução de espécies ameaçadas de extinção. Para Galo, o discurso de que há fraudes no programa, comumente usado pelo governo como justificativa para o corte e endurecimento das regras de acesso ao benefício, é desculpa que não se sustenta já que, em sua opinião, uma auditoria poderia detectar e corrigir as falhas.

“Para reverter esse quadro de ataques e retirada de direitos e conquistas é necessário muita organização política da classe trabalhadora, para lutarmos contras as reformas como estão colocadas, contra esse governo usurpador e seus retrocessos. Por isso as eleições diretas são fundamentais para retomarmos a normalidade democrática e definirmos, coletivamente, pelo voto popular, que Brasil queremos! Com mais políticas públicas, mais desenvolvimento e valorização de trabalhadores (as), como pescadores e marisqueiras, que constrói o dia-a-dia desse país”, enfatizou.