“Recentemente uma onda de ações e manifestações fascistas vêm assustando todas e todos que defendem a democracia”, diz o deputado Marcelino Galo (PT) em moção apresentada na Casa Legislativa contra o avanço “de ações fascistas como a que aconteceu recentemente contra o militante da luta pela reforma agrária João Pedro Stédile, as ameças ao neto da presidente Dilma Rousseff e outras agressões”.
“Reza a Constituição Federal do Brasil que o Estado Democrático é destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional e com a solução pacífica das controvérsias”, informa o parlamentar na tentativa de esclarecer que os ataques que vêm acontecendo no Brasil devem ser repudiados.
Ele lembra que este ano já foram constatadas manifestações de ódio, como as bombas em entidades; pessoas dadas como suspeitas de crimes amarradas em postes; incitações de ódio e o discurso de retorno do golpe militar.
Segundo o deputado, foi no último dia 22 de setembro, que um grupo com cerca de 30 pessoas, “comandado pelo empresário do ramo imobiliário Paulo Angelim, militante do PSDB”, agrediu o militante da luta pela reforma agrária João Pedro Stédile, liderança do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), quando chegava no Aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza, Ceará, para participar de um congresso sindical.
Nesta mesma semana, o neto da presidente do Brasil foi alvo de ameaças de torturas citadas através da rede social, com perfil no Facebook de “Pedro Buta”, este denunciado pelo jornalista Leandro Fortes. "Comunistas, gays, negros, judeus, muçulmanos, anarquistas, traficante, pedófilo. Estamos de olho em você”, diz um dos cartazes assinados por uma organização fascista denominada United Klans of America Brazil.
O deputado teme que a história do Brasil passe pelo fascismo, que já matou muita gente onde foi instalado. “As lições históricas da Segunda Guerra Mundial devem ser rememoradas para que as instituições públicas ponham freio ao fascismo que se levanta e ameaça a democracia em nosso país”, alerta.