A Frente Parlamentar Ambientalista da Bahia, juntamente com a Comissão de Meio Ambiente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com oConselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia(Crea-Ba) e a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) visitam nesta quinta-feira (19) a barragem de rejeito da Yamana Gold, localizada na cidade de Jacobina, interior do Estado. Denúncias da população afirmam que a barragem opera em situação similar as da mineradora Samarco, em Mariana (MG), que na última semana se rompeu atingindo, pelo menos, 140 residências, em uma onda de lama e dejetos que alcançou 500 km,com danosirreversíveis ao rio doce e ao ecossistema da região.
O presidente da Frente Parlamentar, deputado Marcelino Galo, afirma que a visita tem o objetivo de verificar a real situação da barragem. “Ouvimos denúncias de que a barragem daYamana Gold representa risco para Jacobina, pois atua com capacidade insuficiente. Vamos levar um especialista para analisar e descartar os riscos pois, segundo o que vem sendo veiculado na imprensa, a capacidade da barragem é inferior a quantidade de materiais que são moídos na planta da Yamana Gold, declarada pela própria mineradora”, afirma o deputado.
O NI 43.101, estudo necessários às mineradoras, que provam o potencial minerário do empreendimento, atestam que as minas de Jacobina possuem o potencial de 33,9 milhões de toneladas com teor de 2,39 g/t de ouro; 15,8 milhões de toneladas com teor de 3,1 g/t de ouro, perfazendo um total de 59,7 milhões de toneladas de rochas que serão moídas e terão que vir para uma barragem de rejeito. Uma segunda barragem está sendo construída com capacidade para 13 milhões de toneladas de material, pois a primeira está sendo fechada em função de ter atingido sua capacidade máxima.