Segundo Galo, o problema do câncer no Brasil ganha relevância pelo perfil epidemiológico que essa doença vem apresentando, e, com isso, o tema tem conquistado espaço nas agendas políticas e técnicas de todas as esferas de governo. “Nas últimas décadas, o câncer ganhou uma dimensão maior, convertendo-se em um evidente problema de saúde pública mundial. A Organização Mundial da Saúde [OMS] estimou que até o ano de 2030 pode-se esperar 27 milhões de casos incidentes de câncer, 17 milhões de mortes por câncer e 75 milhões de pessoas vivas, anualmente, com câncer. As consequências poderão ser devastadoras nos aspectos social e econômico. O câncer pode se tornar um grande obstáculo para o desenvolvimento socioeconômico de países emergentes como o Brasil”, pontua o parlamentar petista.
Neste contexto, a Bahia precisa ampliar a rede assistencial existente para atingir a população residente no interior do estado construindo hospitais especializados de forma a descentralizar a assistência e regionalizar a política de atenção à saúde da população. “Isso já vem ocorrendo, mas o número crescente de casos faz crescer a necessidade de ampliação da rede assistencial, pública ou privada, em nosso estado. Portanto, a criação de hospitais especializados na Região Metropolitana de Salvador (Lauro de Freitas) e no interior (Vitória da Conquista) é urgente”, completa.
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Na peça apresentada na Alba, Galo indica que medidas preventivas devem ser implementadas imediatamente para reduzir a carga do câncer, como, por exemplo, o controle do tabagismo, contra os cânceres relacionados ao tabaco, e a vacinação para hepatite, contra o câncer do fígado. “A prevenção e o controle do câncer precisam adquirir o mesmo foco e a mesma atenção que a área de serviços assistenciais, pois, quando o número de casos novos aumentar de forma rápida, não haverá recursos suficientes para dar conta das necessidades de diagnóstico, tratamento e acompanhamento”, afirma o deputado em trecho da indicação.
Para o enfrentamento do câncer, são necessárias ações que incluam educação em saúde em todos os níveis da sociedade, promoção e prevenção orientadas a indivíduos e grupos (não esquecendo da ênfase em ambientes de trabalho e nas escolas), geração de opinião pública, apoio e estímulo à formulação de leis que permitam monitorar a ocorrência de casos.