Segundo a justificativa do PL, a ação é demasiadamente necessária para conscientizar a população sobre os estragos que a droga gera no corpo humano. “O Óxi contém múltiplos resíduos, é mais agressivo ao sistema respiratório. Por conter gasolina na composição, ainda é extremamente prejudicial ao fígado e rins, podendo provocar a falência de tais órgãos”.
Galo sugere que a discussão permeie toda a sociedade, e em especial às escolas. “Essa discussão precisa estar nas escolas fomentando os educandos, prevenindo-os e transformando-os em agentes multiplicadores na prevenção a esse tipo e outros tipos de drogas”, complementa. O parlamentar também acrescenta que o debate deve ir além dos órgãos públicos, incluindo as clínicas para dependentes químicos.
Uma droga devastadora
O Óxi é uma droga altamente viciante, destrutiva para o organismo humano, de baixo custo comercial e de rápida produção, uma vez que seus componentes são encontrados facilmente no mercado. O nome de batismo da droga deriva da produção da palavra “oxidação”. A composição final do Óxi é gasolina e cal virgem (quando não tem gasolina é utilizado o querosene).
Quando aquecido a mais de 100 graus, o composto passa por um processo de decantação, em que as substâncias líquidas e sólidas são separadas. O resfriamento da porção gera a pedra do Óxi, que concentra os principais ativos da cocaína. Dependendo da fabricação caseira, o Óxi tem várias tonalidades e potência, chegando a ter 80% de cocaína, enquanto o crack tem 40%. Por ser produzido de maneira clandestina, sem qualquer tipo de controle, há diferença no nível de pureza da droga, que também pode conter outros tipos de substâncias tóxicas, como o cal, cimento, ácido sulfúrico, acetona, amônia e soda cáustica.