“A campanha da SPM enfatiza a necessidade de reparar a desigualdade salarial, valorizar a mão de obra feminina e promover melhores condições de trabalho. A pasta tem alertado a respeito da recorrente prática de organizações que pagam salários menores para as mulheres, mesmo para o desempenho das mesmas funções e carga horária semelhante à aplicada ao público masculino”, declara Galo fazendo referência à demanda histórica do movimento feminista.
Ainda segundo o parlamentar, é um avanço a diminuição da distância entre os rendimentos de homens e mulheres no Brasil. “De acordo com o Censo de 2010, o rendimento médio mensal de todos os trabalhos ficou em R$ 1.344,70, alta de 5,5% de 2000 para 2010. Contudo, o incremento para as mulheres [13,5%] foi maior do que o dos homens [4,1%], reduzindo o abismo que ainda persiste entre as remunerações. Em 2000, a remuneração delas representava 67,7% da deles”.
Na Bahia, algumas estatísticas ilustram essa situação. Resultados da Pesquisa de Emprego e Desemprego da Região Metropolitana de Salvador (2010-2011) revelam que o rendimento médio real das mulheres teve decréscimo de 8,5% no ano passado, enquanto os homens sofreram 7,1% de redução. Dados do IBGE de 2010 também apontam outro número importante, indicando que a remuneração das mulheres é 73,8% do valor pago aos homens. Dos 80 milhões de ocupados em 2010 com rendimento, 46,9 milhões eram homens, que recebiam, em média, R$ 1.509,62. Já as 33,7 milhões de mulheres tinham ganhos médios mensais de R$ 1.115,20. Apesar das diferenças, a distância entre os rendimentos caiu em todas as regiões do país.