Durante a Semana da Mata Atlântica 2015, evento realizado entre os dias 27 e 30 deste mês na Universidade Federal do Sul da Bahia, em Porto Seguro, o coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista da Bahia, deputado estadual Marcelino Galo (PT), defendeu políticas públicas que incentivem a recuperação da fauna e da flora e ações conjuntas entre o poder público e a sociedade civil organizada que garantam a conservação e recuperação da Mata Atlântica no Brasil. Este ano, a atividade tem como tema “Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica”.
“É preciso desenvolver ações práticas e fortalecer a legislação, regulamentando, inclusive, o atual Código Florestal, para que ao invés de desmatar, possamos conservar o Bioma Mata Atlântica, que é fundamental para o equilíbrio do clima no planeta”, afirmou Galo, ao defender também a implementação da Educação Ambiental na grade curricular brasileira como forma de conscientizar e formar cidadãos sustentáveis.
O Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, estudo da SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais divulgado ontem, apontou que o desmatamento da Mata Atlântica no país caiu 24% entre 2013 e 2014. No entanto, Piauí (56,2 km²), Minas Gerais (56 km²) e Bahia (46 km²) ainda foram considerados os estados que mais desmataram no período. A Bahia registrou alta de 2% e Minas Gerais 34%, segundo a pesquisa. Galo destacou, porém, que a Universidade Federal do Sul da Bahia, irá contribuir com pesquisas em relação à conservação para diminuir o desmatamento no estado. “O engajamento de instituições de pesquisa, como as universidades, do Ministério Público, dos movimentos sociais e ambientalistas, podem influir positivamente para que essa realidade seja mudada no curto prazo”, anotou o parlamentar, que relatou aPolítica Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais e o Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais, que incentiva os produtores rurais a preservar e reflorestar as áreas de mata nativa.
Inéditas –No evento foram lançadas publicações inéditas como o “Anuário Mata Atlântica 2014”, da RBMA, o estudo “Percepção de riscos e adaptação à mudança climática baseada nos ecossistemas na Mata Atlântica, Brasil”, do Centro de Formação Avançada em Desenvolvimento Rural da Universidade de Berlim, a nova cartilha sobre a Lei da Mata Atlântica, do Ministério Público da Bahia, além do caderno 44 da RBMA sobre o manejo sustentável da Piaçava, um dos recursos naturais mais importantes da Mata Atlântica regional.