Durante o cortejo do 2 de Julho, nesta quinta-feira (2), em Salvador, o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Marcelino Galo (PT), chamou de ato “insano” a manobra do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de colocar novamente em votação a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz de 18 para 16 anos a idade penal. A matéria foi aprovada nesta madrugada com 323 votos favoráveis, 155 contrários e 2 abstenções apenas 24 horas após o plenário rejeitar o texto na noite anterior.O projeto será analisado em segundo turno pelos deputados antes ser votado duas vezes pelo Senado.
“É uma insanidade o que fizeram. Infelizmente jogam para plateia, porque todos nós sabemos que isso não irá resolver o problema da violência no Brasil, ao contrário. Países que adotaram a medida, como a Espanha e Alemanha, voltaram atrás. Portanto é um equivoco, um ato insano de um autoritário que não aceita ser derrotado e viver num ambiente democrático em que se almeja justiça social”, afirmou Galo, que caminhou ao lado de militantes contrários a redução da idade penal e defensores da regulação dos agrotóxicos na Bahia. “Criminalizar os jovens não é o caminho. É preciso investir em educação, cultura e oportunidades, lutar por isso”, enfatizou. Também acompanharam o cortejo "Todos Direitos São Direitos Humanos" puxado por Galo, os vereadores da capital Waldir Pires e Gilmar Santiago, o presidente e presidenta do PT no estado e em Salvador, respectivamente, Everaldo Anunciação e Marta Rodrigues.