“Esse é o paradoxo singular daqueles que pousam de nacionalistas, mas que acabam de entregar o patrimônio nacional ao capital internacional. E isto irá representar além do desmonte da indústria nacional, e do desenvolvimento e apropriação de tecnologia de ponta brasileira, em menos recursos para a saúde e educação públicas”. A análise é do deputado estadual Marcelino Galo (PT), que criticou a aprovação pela base de apoio do governo Temer (PMDB), ontem, do Projeto de Lei 4567/16, que retira da Petrobras a obrigatoriedade de participar da exploração do pré-sal e abre o negócio a empresas estrangeiras.A matéria é de autoria do senador José Serra (PSDB), hoje ministro das Relações Exteriores.
De acordo com Galo, é falácia a tese de que a Petrobrás não tem capacidade para ser a única operadora do pré-sal. "A produção de petróleo no Brasil tem crescido de maneira seguida, acima dos 6%. No último trimestre, por exemplo, as exportações de petróleo brasileiro subiram 22%. Tudo isso refletem o aumento expressivo da produção no pré-sal das bacias de Campos e Santos, operadas pela Petrobrás", destaca o parlamentar antes de pontuar."A maior reserva de hidrocarbonetos do mundo, que sustentaria a nossa saúde e educação, foi entregue, sem levar em conta o interesse nacional, o desenvolvimento da civilização brasileira. Sem dúvidas, mais um duro golpe aplicado contra os brasileiros".