Galo, que foi superintendente regional da autarquia de 2003 a 2005, lembra que a reforma agrária saiu da pauta do governo e da sociedade. “A reforma agrária em nosso país está paralisada, ninguém mais fala. É preciso avançar nas reformas estruturais, como a agrária, a política e a econômica. O servidor público desta área precisa ser mais valorizado, e apesar do nosso mandato ser de esfera estadual me coloco à disposição para contribuir neste debate”, ressalta.
Também presente na assembleia, a diretora da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Erilza Galvão, fala da dificuldade em discutir e solucionar os impasses. “Nossa intenção não é judiciar a greve e sim politizá-la, mas o Governo não avança nesse debate, nunca nos dá uma posição concreta e só afirma que está analisando a situação”, garante.
Plano de reestruturação de carreiras e melhorias salariais são algumas das reivindicações. Segundo os servidores, a distorção salarial entre servidores federais de carreiras similares é a motivação da greve. Com isso, estão suspensos os serviços de emissões de Certificados de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR), de certidão de aposentadoria para trabalhadores rurais e de certificação de imóveis rurais. Além desses, as atividades de concessão de créditos a famílias assentadas, vistorias e avaliações de imóveis rurais para fins de reforma agrária e regularização fundiária de comunidades quilombolas também estão suspensas.