O deputado estadual Marcelino Galo (PT) acompanhou, na manhã desta terça-feira (3), o início da segunda audiência pública da Comissão Estadual da Verdade, no salão nobre da reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA). A primeira foi realizada em outubro em Feira de Santana, e contou com a participação do presidente da Comissão Especial da Verdade da Assembleia Legislativa. A terceira acontece nesta quarta-feira (4), a partir das 9 horas, também na reitoria, quando a Comissão da Verdade do executivo segue com o trabalho de apuração das violações de direitos humanos durante a ditadura militar (19964-1985) na Bahia. Na oportunidade, a universidade oficializará a criação do seu colegiado para apurar as arbitrariedades cometidas pelo regime contra estudantes e professores da instituição.
Antes de embarcar para Brasília, onde cumpre agenda, o deputado petista considerou a oitiva fundamental para o esclarecimento da história e resgate da verdade em nosso Estado. “Esse é um mecanismo legal de apuração de violações de direitos humanos, fundamental para que possamos esclarecer as circunstâncias em que ocorreram as torturas. Com a verdade dos fatos vamos fazer importante reparação à história e memória das vítimas do regime de chumbo do nosso país e em especial do nosso estado”, afirmou Marcelino, ressaltando a importância da promoção da justiça.
Coordenada pelo professor Joviniano Neto, a Comissão Estadual da Verdade colhe nesta terça e quarta-feiras os depoimentos dos ex-presos políticos Theodomiro Romeiro dos Santos (juiz do Trabalho em Pernambuco), Luiz Contreiras (ex-dirigente do Partido Comunista Brasileiro), Virgildásio de Senna (ex-prefeito de Salvador), Olderico Barreto, Eliana Rolemberg (socióloga), Wilton Valença (líder sindical e ex-deputado estadual), Emiliano José (jornalista e ex-deputado federal), Mariluce Moura (jornalista), Juarez Paraíso (artista plástico) e de Marival Caldas (petroleiro e dirigente sindical).