O deputado estadual Marcelino Galo, que presidiu a Comissão Especial da Verdade na Assembleia Legislativa da Bahia, responsável pela devolução simbólica dos mandatos de 13 deputados estaduais cassados entre 1964 e 1969, rechaçou as declarações do presidente Bolsonaro sobre as vítimas da Ditadura Militar e a atuação da Comissão Nacional da Verdade.
“Bolsonaro se refere a Ditadura Militar, que matou e torturou milhares de civis pela mão armada do Estado, como algo sem importância. Mães, pais, familiares perderam seus entes queridos, e muitos até hoje não puderam sequer sepultar estes corpos. Suas declarações são um verdadeiro atentado contra a dignidade humana das vítimas da Ditadura”, disse Galo.
Marcelino Galo lembrou ainda do importante trabalho na Comissão Especial da Verdade, iniciado em 2013 na Alba e também na Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Alba. “Quando fui presidente da Comissão acompanhei de perto as violações de Direitos Humanos que as vítimas foram submetidas e o quanto as famílias ainda sofrem com os seus entes queridos torturados e desaparecidos. Ao invés de repudiar o período sombrio da história do nosso país, vivido durante a Ditadura Militar, as injustiças e tudo aquilo que tanto manchou e prejudicou a vida nacional para que não mais se repita, o presidente Bolsonaro faz questão de exaltar os torturadores e assassinos da época. Uma verdadeira vergonha para a imagem do Brasil”.