“Atualmente, mais de 90% da água doce do planeta é usada na agricultura. É importante reforçar a necessidade de construção de cisternas utilizando a tecnologia de placa de cimento, pois são de melhor qualidade, utilizam mão-de-obra e movimentam a economia local”, avalia o parlamentar. Ainda segundo o deputado, a implantação do modelo de reservatório em polietileno, além de ser mais caro, apresenta deformações com menos de três meses de uso, em função do calor da região. “A água é um bem público essencial à vida e precisamos garantir o armazenamento para consumo durante as estiagens. Este modelo de plástico tem um ciclo pequeno e custo/benefício nada significativo”.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), com o passar do tempo, a atividade industrial, os centros urbanos e o desmatamento contribuirão para a escassez do recurso para o consumo humano e para a irrigação na agricultura. “O Dia Mundial da Água nos obriga a despertar a consciência ecológica, protegendo e conservando esse bem, que é também um fator para a segurança alimentar”, salienta Galo.
Dados divulgados pela Articulação do Semiárido (ASA) apontam que cada cisterna de polietileno tem custo total, unindo equipamento e instalação, de cerca de R$ 5 mil. Esse valor corresponde mais que o dobro da cisterna de placas de cimento – que, segundo a ASA, sai por aproximadamente R$ 2,2 mil. “Considerando os dados expostos, enquanto as 300 mil cisternas de polietileno, previstas pelo governo federal, custarão R$ 1,5 bilhão aos cofres públicos, se a tecnologia utilizada fosse a de placas, esse valor seria de R$ 660 milhões”, completa o parlamentar petista.