Em trâmite na Assembleia Legislativa da Bahia, o projeto busca a prevenção de disfonias e problemas vocais em docentes baianos, assegurando a realização de no mínimo um curso teórico-prático anual, para orientar os educadores sobre o uso adequado da voz. O PL aponta que o professor que for diagnosticado com disfonia ou outros problemas vocais terá assegurado o direito a tratamento médico-fonoaudiológico gratuito.
Segundo o autor da proposta, a formulação de diretrizes, a estruturação e a execução da política de que trata esta Lei será estabelecida sob a responsabilidade técnica de profissional fonoaudiólogo. “A incidência de disfonias e outros problemas da voz é muito comum entre os professores, exigindo tratamento fonoaudiológico e médico que muitas vezes é custeado exclusivamente pelo próprio professor. Os cursos de formação de professores em geral não oferecem informações sobre o uso adequado da voz, apesar da mesma ser imprescindível para o bom desempenho profissional”, pontua Marcelino Galo.
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A ocorrência de disfonia acaba se refletindo no desempenho do profissional, a ponto dos alunos adquirirem do professor modelos linguísticos e psicólogicos inadequados. Além disso, problemas físicos como rouquidão, dores de garganta, perda de voz, e problemas emocionais como ansiedade e angústia pela dificuldade de falar, conduzem a um quadro de fadiga geral, comprometendo seriamente a atividade fundamental dos professores. Dados da Sociedade Brasileira de Laringologia e Voz e da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia revelam que 40% da população ativa brasileira utiliza a voz como instrumento de trabalho. “Esses profissionais evidentemente necessitam de treinamento vocal, e exames de prevenção e diagnóstico para manter o aparelho fonador saudável”, completa Galo.