O Presídio Regional de Feira de Santana recebeu nesta segunda-feira (01) a visita detrês integrantesda Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa da Bahia. Os deputados Marcelino Galo (PT), Prisco (PSDB) e Fátima Nunes (PT), além do líder do governo, deputado Zé Neto (PT), chegaram à cidade, no centro norte baiano,por voltadas 15h30minpara tratar da crise do sistema prisional.No local, no domingo (09/05), nove detentos foram mortos após uma rebelião no Pavilhão 10 envolvendo duas facções rivais.
De acordo com o presidente do colegiado, deputado Marcelino Galo, o objetivo foi conhecer de perto o funcionamento e as condições da casa de detenção para, a partir disso, pensar e encaminhar soluções viáveis para questão prisional envolvendo todas as instituições relacionadas com a causa na Bahia.“Foi uma visita necessária, como faremos outras a presídios, para, enquanto comissão parlamentar, trabalhar no sentido de aperfeiçoar o sistema carcerário”, afirmou Galo, ao apontar o sistema judiciário como um dos instrumentos importantes para a segurança pública. “O sistema judiciário estando sobrecarregado implica em ter presos provisórios, como constatamos ali uma ampla maioria. Isso precisa ser resolvido com mais pessoal e agilidade do sistema judiciário”, anotou Marcelino,autor de uma Indicação ao governo do Estado e ao Poder Judiciário em que sugere a realização de audiências de custódia para diminuir o crescimento acelerado do encarceramento na Bahia.
Durante a visita, os agentes penitenciários defenderam o uso de tecnologia para reforçar o monitoramento e a segurança do sistema prisional no estado.“Também acreditamos que é preciso ter mais tecnologia para que a gente tenha o monitoramento e o controle de segurança reforçados por equipamentos”, pontuou Galo, autor da Lei que obriga operadoras de telefonia a bloquear o sinal de celular nos presídios baianos. Nesta terça-feira (2), além de tratar da visita ao presídio de Feira de Santana, a Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública debateráàs 9 horas, na Assembleia Legislativa, a importância da audiência de custódia.