Os impactos socioambientais causados pela indústria Millenium, instalada no bairro de Areias, litoral de Camaçari, foram debatidos nesta quarta-feira, 7, na Comissão de Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos, na Assembleia Legislativa, da qual o deputado Marcelino Galo é vice-presidente.
A audiência contou com a participação do secretário estadual do Meio Ambiente, Eugenio Spengler, entidades e lideranças ambientalistas, além de deputados estaduais. A Millenium, antiga Tibras e hoje Cristal, produz dióxido de titânio. O pó branco é utilizado para dar cor, brilho e opacidade a tintas, plásticos, papel, borracha e cerâmica. Por conta dos danos ambientais a produção desse agente químico foi banido na Europa e nos chamados países desenvolvidos, o que motivou a instalação da empresa no Brasil, na década de 70.
Coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista da Bahia, Galo condenou a poluição do ar e do oceano Atlântico pela indústria, o que compromete tanto a saúde do homem quanto o ecossistema marinho do litoral norte do nosso Estado. "Os prejuízos são incalculáveis para a população, os pescadores e o ecossistema marinho. De modo que a indústria, banida nos países desenvolvidos, está num local inapropriado, e precisa ter sua localização e licença revista", observou o petista. O encontro foi presidido pelo presidente da Comissão de Meio Ambiente, deputado estadual Leur Lomanto.