Em moção apresentada à Assembleia Legislativa da Bahia e assinada por 34 deputados, nesta terça-feira (27), o deputado estadual Marcelino Galo (PT) lamentou as mudanças de orientação do governo dos Estados Unidos em relação a Cuba depois da chegada de Donald Trump à presidência do país. Na opinião do parlamentar, o cancelamento do acordo de reaproximação entre Cuba e os Estados Unidos, “é um retrocesso injustificado, gratuito, hostil e deletério” para a integração entre os povos e suas nações.
No documento em solidariedade ao país caribenho e pelo fim do bloqueio econômico, financeiro e comercial, o parlamentar lembra que o mundo acompanhou com atenção o restabelecimento, iniciado no governo Barack Obama, das relações diplomáticas entre os governos de Cuba e dos Estados Unidos. De acordo com Galo, a ruptura de relações com a chegada de Trump ao poder americano e o bloqueio econômico desde 1962 foram medidas adotadas com a intenção de asfixiar o governo revolucionário cubano. Nesses mais de 53 anos de bloqueio, a Ilha Caribenha registrou perda superior a $116 bilhões.
“Há de registrar que não existe norma no direito internacional que justifique o bloqueio em tempo de paz. Por isso, Cuba é alvo da guerra econômica instituída pelos Estados Unidos desde a década de 60 com o único objetivo de asfixiar e inviabilizar o modelo alternativo de organização socioeconômica ao capitalismo”, afirma o parlamentar, ressaltando que o bloqueio só seria admissível entre países beligerantes. “A Assembleia Legislativa da Bahia vê com preocupação o recrudescimento das ações hostis contra uma Nação pacífica e com notáveis avanços civilizatórios, cuja solidariedade com os demais Estados soberanos resta demonstrada por sua história. Por isso, esta Casa Legislativa lamenta as mudanças de orientação do governo dos Estados Unidos em relação à Cuba, promovidas pela administração do presidente Donald Trump”, pontuou Galo.