“A obesidade é uma doença, além de crônica, progressiva e fatal que decorre de fatores sociais, comportamentais, ambientais, culturais, psicológicos, metabólicos e genéticos e, hoje, é reconhecida como grave problema de saúde pública. Pesquisas revelam que crianças, adolescentes e mulheres do Nordeste estão acima do peso recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS)”, afirma o parlamentar.
Galo ainda ressalta que a obesidade é decorrente da insegurança alimentar e nutricional e pode causar sérios riscos à saúde. “A obesidade é fator de risco para doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão arterial e alguns tipos de câncer. Por isso, uma das saídas para combater a prevalência da obesidade mórbida e o aumento da morbimortalidade de seus portadores é a construção de políticas direcionadas e a implantação de serviços de saúde.
Dados que justificam
A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), de 2008/2009, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), revelou que uma em cada três crianças com idade entre 5 e 9 anos e um em cada cinco adolescentes está com peso acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A POF também observou um aumento contínuo de excesso de peso e obesidade na população de 20 anos. Entre as mulheres, este aumento é mais perceptível na Região Nordeste: de 19,5% para 46%. Aqui, o aumento foi contínuo, enquanto que, nas outras regiões, houve interrupção no crescimento.
No Brasil, há, aproximadamente, 3,5 milhões de obesos mórbidos, e a falta de qualidade de vida está entre as principais causas do aumento da obesidade, atingindo 51% da população brasileira. Só na Bahia, há 90 mil obesos mórbidos. De acordo com pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde em 2011, as baianas são a maioria entre as obesas da região do Nordeste, representando 13,7% no ranking das capitais do Nordeste.