O deputado estadual Marcelino Galo (PT) afirmou, durante a audiência pública que debateu a educação profissional de jovens e adultos, no auditório da UNEB, em Salvador, que a sociedade brasileira irá derrotar a cultura do ódio e da violência ao eleger Fernando Haddad presidente no próximo domingo (28). O evento foi organizado pela Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa e fez parte do calendário da pré-abertura do V Encontro Internacional de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos (ALFAeEJA). O parlamentar considerou ainda, ao ser indagado, que entre a “barbárie” e a “civilização”, o Brasil ficará com a segunda opção, derrotando o “fascismo, o autoritarismo e todo retrocesso que representa a candidatura de Bolsonaro ao nosso país”.
“Temos muitos desafios ao desenvolvimento social, ao fortalecimento da educação pública, mas não haverá avanços se não elegermos quem tem compromisso com os direitos humanos, com a inclusão sócio educacional, com a educação como prática da liberdade como nos ensinou o mestre Paulo Freire, com a luta contra a desigualdade em nosso país. O momento exige de nós, educadores e democratas, resistência e coragem para evitar que o Brasil retroceda, ceda ao obscurantismo que defende o conflito social, o apartheid e a segregação, além da violência, como práticas civilizatórias”, ressaltou Galo.
“Fernando Haddad já comprovou que tem compromisso com a Educação, foi o melhor ministro da História do Brasil, assegurou investimentos e políticas de Estado, no governo Lula, que permitiram a Bahia e outros Estados a ganhar novas Universidades Federais e também Institutos Federais, numa verdadeira transformação, garantindo também a democratização do acesso a essas instituições, com a presença dos filhos da classe trabalhadora. E isso incomoda muito a elite brasileira, que não aceita ver o pobre ascender na vida, dividir o banco da universidade com seu filho. É importante compreendermos esse quadro e as plataformas políticas que estão postas, uma que pretende governar para os ricos e massacrar os pobres, ou a que vai garantir o desenvolvimento autônomo, soberano, inclusivo e transformador que o Brasil precisa, assegurando a educação que liberta nosso povo da opressão e do atraso”, enfatizou Galo, em entrevista.
A Educação de Jovens e Adultos em contexto de resistências foi analisada também pelo professor Sérgio Haddad (USP), que avaliou o legado de Paulo Freire e os 50 anos da Pedagogia do Oprimido. A EJA e a garantia dos direitos à educação é o tema do V Encontro Internacional de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos (ALFAeEJA) que acontece entre os dias 12 e 14 de novembro, na Universidade do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre.