O crescimento da pobreza extrema, que atingiu 14,83 milhões de pessoas, segundo o IBGE, o aumento de 11% no índice da mortalidade infantil e os indicadores que apontam mais de 14 milhões de desempregados no Brasil são reflexos do congelamento dos gastos públicos por 20 anos, do corte em políticas sociais pelo governo Michel Temer, “com apoio do MDB, DEM e PSDB”, e de medidas econômicas que privilegiam apenas o sistema financeiro e os mais ricos. A avaliação é do presidente da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa, deputado estadual Marcelino Galo (PT). O parlamentar afirma que o Brasil sente “saudade do tempo de Lula” e que as medidas representam “grande retrocesso civilizatório”.
“Os indicadores econômicos e sociais no Brasil, nos últimos dois anos, pioraram vigorosamente depois do golpe. Isto porque a natureza e objetivo do golpismo é massacrar a classe trabalhadora, a população mais pobre, surrupiar o Estado e acabar com políticas de Bem Estar Social do povo brasileiro. Tudo para garantir a manutenção dos privilégios da burguesia nacional e o lucro fácil dos rentistas do mercado financeiro”, afirmou Galo. “O povo brasileiro sente saudade do tempo em que a classe trabalhadora e a população mais pobre era levada em conta no orçamento. Por isso, quer Lula Livre, Lula presidente”, enfatiza Galo, ao apontar que a crise econômica conseguiu “que os ricos ficassem mais ricos e os pobres mais pobres”.
“Na contramão das perdas para a classe trabalhadora, temos o crescimento da concentração de renda no país, com cinco indivíduos em posse do mesmo patrimônio que os 50% mais pobres e os ricos recebendo 36 vezes mais do que ganham os pobres. Essa situação explicita a natureza do golpe, que massacra os pobres mas é generoso com os ricos”, pontuou o parlamentar.