A Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa da Bahia, presidida pelo deputado Marcelino Galo (PT), conheceu, nesta terça-feira (2), oPrograma Corra pro Abraço, da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), que trabalha há quase 4 anos com a população em situação de rua e usuários de substâncias psicoativas na perspectiva da redução de danos e inclusão social. O objetivo da visita oficial da Comissão foi o de conhecer as atividades desenvolvidas pelo programa, experiências e estratégias aplicadas à redução de danos físicos e sociais em Salvador, Feira de Santana e Lauro de Freitas, cidades em que o programa é aplicado atualmente, e que já atendeu 20 mil pessoas.
Além da equipe gestora da ação, o encontro contou com a participação de Denise Tourinho, da Superintendência de Políticas sobre Drogas e Acolhimento a Grupos Vulneráveis (Suprad), do superintendente de Apoio e Defesa aos Direitos Humanos da SJDHDS, Emiliano José, da assessoria da deputada Luiza Maia e dos usuários do serviço, que relataram a experiência e importância do programa em suas vidas.Galo considerou a atuação “inovadora e exitosa”, com estratégias que usam a arte, educação, ações culturais e de formação dos usuários acolhidos pelo programa.
“É um trabalho muito importante também de valorização e resgaste da cidadania e da autoestima dos cidadãos atendidos. De maneira a incluí-los e inseri-los, de forma diferenciada, na sociedade. É uma tecnologia social que deve ser fortalecida, a partir de sua institucionalização e municipalização, dentro da perspectiva de que é preciso pensar o aparato da segurança pública de forma mais ampla e dialógica”, refletiu o deputado, que vai propor uma audiência pública na Assembleia Legislativa para discutir o tema. “Houve essa demanda, para que possamos debater, no parlamento, a institucionalização e municipalização do Programa, com a criação de um Projeto de Lei, e também visitar os pontos de cidadania. E é fundamental que os deputados possam conhecer essas experiências, ouvir os relatos dos gestores e dos usuários dos serviços e, juntos, possamos encontrar um caminho para fortalecer politicamente a ação e o trabalho de redução de danos e inclusão social de usuários de substâncias psicoativas”, afirmou.