“O Golpe e o Desmonte do SUS”, foi debatido nesta sexta-feira (17) na Assembleia Legislativa em uma audiência pública organizada pelo Conselho Nacional de Saúde e articulada na Bahia pelos deputados Marcelino Galo, Jorge Solla e Alice Portugal. O evento contou com a participação do ex-ministro Arthur Chioro, de entidades, profissionais da saúde e representantes de movimentos sociais.
“Achamos pertinentes discutir o desmonte do SUS que atinge de forma frontal a população mais pobre”, afirmou Galo, que presidiu o encontro. O parlamentar lembrou ainda que o Sistema Único de Saúde (SUS) já tem dificuldades de subfinanciamento o que diminui a qualidade da prestação do serviço “Agora se soma a isso os cortes feitos pelo governo golpista”, afirmou Galo. O deputado federal Jorge Solla afirmou que as medidas que o governo interino tem tomado visa reduzir gastos voltados para políticas públicas para economizar recursos para quem financiou o golpe. “Mantendo os juros altos, ameaçando o SUS e programas sociais como o Bolsa Família”, afirmou Solla.
Já o presidente do Conselho Nacional de Saúde, Ronald Ferreira avaliou a conjuntura política e mostrou-se preocupado com o Sistema Único de Saúde a partir deste cenário. "O principal tema da 15ª Conferência Nacional de Saúde foi a democracia: sem SUS não há democracia e, sem democracia não tem SUS, afirmou. Ele disse que a desvinculação de receitas obrigatórias com saúde é como “desligar os aparelhos” do SUS. “O que tá ameaçado é o futuro do Brasil em 20 ou 30 anos. O combate é hoje, contra essa maioria golpista que dominou o governo", enfatizou Ronald. "Se continuarmos com essas resoluções atuais do governo golpista, teremos, em pouco tempo, a decretação da morte do SUS", sentenciou Chioro, ex-ministro da saúde no governo da presidente Dilma Rousseff.