O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública, deputado estadual Marcelino Galo (PT), condenou, em discurso na Assembleia Legislativa da Bahia, nesta segunda-feira (21), o ataque à sede do PC do B de Mato Grosso do Sul, ocorrido na última sexta-feira (18). A tentativa de incendiar a unidade central do Partido Comunista do Brasil, localizada na capital Campo Grande, aconteceu logo após as manifestações em todo o país em defesa da democracia e contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Para Galo, as ações fascistas, que já atacou as sedes do Instituto Lula e da União Nacional dos Estudantes, em São Paulo, são extremamente perigosas, carregadas de intolerância e de ódio e atentam contra a democracia. O parlamentar, que se solidarizou com o PC do B, alerta também que há a negação da política como mediadora dos conflitos da sociedade nas ações fascistas bem como nas mobilizações contra o governo federal.
“Essas manifestações quem vem se naturalizando na sociedade brasileira pela manifestação de intolerância, de ódio, de falta de convivência, é uma manifestação perigosa, que nesse momento atinge partidos políticos de esquerda, o PT, o PC do B, mas já começa a se manifestar para os políticos em geral”, ponderou Galo, ao lembrar que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o senador de Minas Gerais, Aécio Neves, ambos do PSDB, e o deputado federal José Carlos Aleluia, do DEM da Bahia, foram repudiados, expulsos e quase agredidos nas manifestações que defendiam o impedimento da presidente Dilma Rousseff no domingo (13). “Essa desqualificação da política nós sabemos o que é que dá. É a democracia complicada, trabalhosa, difícil, mas é o melhor regime que existe. Não podemos conceber, nem ficar calado, por que, sem política não há democracia e sem democracia o que existe é ditadura, autoritarismo ou estado de exceção, que não respeita direitos individuais e coletivos”, afirmou Galo, solidário “aos companheiros do PC do B”.