O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Marcelino Galo, visitou nesta quinta-feira (3), acompanhado do Ouvidor Geral do Estado, Yulo Oiticica, o Memorial dos Mártires na comunidade de Pintada, em Ipupiara, local onde tombaram Carlos Lamarca e José Campos Barreto, o Zequinha, em 1971. No memorial, inaugurado em 2013 pela Diocese da Barra, repousam os restos mortais de Santa Bárbara, Otoniel Barreto, Manoel Dias e Jota assassinados por agentes da ditadura militar na década de 70 e 80 quando lutavam contra as injustiças sociais, agrárias e pelo reestabelecimento da democracia no Brasil. Galo esteve com a ex-vereadora Generosa (PT), uma das memórias vivas dos acontecimentos na região durante a Ditadura Militar. No local exato onde Lamarca foi morto hoje há uma Cruz como símbolo de fé, luta e resistência democrática contra as desigualdades sociais.
“Em tempos de ataques à democracia do nosso país, do florescimento do fascismo, da intolerância e do preconceito nas redes e na sociedade, precisamos sempre revisitar essas espaços, para lembrar que muitos brasileiros tombaram na luta contra o autoritarismo, por democracia e justiça social no campo e nas cidades. Ter na memória o que representou para o Brasil aquele regime militar inescrupuloso, responsável tanto pelo atraso, por assassinatos de trabalhadores e militantes, mas, sobretudo, pelas desigualdades sociais que ainda temos na sociedade, é fundamental para que possamos empreender a luta diária por democracia e justiça social e, sobretudo, conscientizar os jovens, porque é essencial conhecer nossa História para que possamos preservar as liberdades democráticas e a luta por conquistas sociais”, afirmou Galo, que cumpre agenda na região.