A situação do Corpo de Bombeiros e a Política de Prevenção ao Incêndio do Estado da Bahia foram debatidas nesta terça-feira (25) em audiência pública presidida pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública, deputado Marcelino Galo (PT), na Assembleia Legislativa. O encontro que reuniu representantes da categoria, da sociedade civil, do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (CREA) e da União dos Municípios da Bahia (UPB) apontou para necessidade de uma política de prevenção a incêndios no Estado ante um quadro em que 95% dos municípios baianos não têm cobertura do Corpo de Bombeiros para atuar na prevenção a acidentes e a incêndios.
“Hoje só 5% dos municípios tem capacidade, com efetivo, para atender a população, já que boa parte dos municípios baianos ainda está desprovida de uma estrutura suficiente para atender os chamados, que não se restringe a incêndios. O corpo de bombeiros cumpre um papel estrutural muito importante, inclusive na prevenção a acidentes. O déficit na organização e na estrutura pode ser prejudicial para o dia-a-dia do convívio social”, observou Galo, ao defender a participação de setores organizados da sociedade no debate sobre a política de prevenção, a regulamentação do código de incêndio e a reestruturação do Corpo de Bombeiros, que foi recentemente desvinculado da Polícia Militar.
“Enquanto legislativo, a gente precisa reforçar e dá densidade para que se reestruture o corpo de bombeiros no estado, criar um canal de dialogo com o corpo de bombeiros para ajudar na estruturação e ao mesmo tempo estimular toda sociedade, sobretudo os setores organizados, como a construção civil, a indústria, os lojistas, para que eles compreendam a importância do corpo de bombeiros, de sua estruturação e da regulamentação do código de incêndio para que acidentes como o da Boate Kiss, no Rio Grande do Sul, não aconteça na Bahia”, enfatizou Marcelino Galo. Também participou da audiência o deputado estadual Soldado Prisco (PSDB).