O deputado estadual Marcelino Galo (PT-BA) classificou como “medíocre”, “hipócrita” e carregada de “arrogância” a sugestão feita pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em uma postagem no Facebook na segunda-feira (17), em que sugere que a presidente Dilma Rousseff renuncie ao mandato ou admita o que ele considera erros.
“O ex-presidente não tem idoneidade moral para propor a renuncia da presidenta Dilma. Ele foi submisso ao FMI, com sua política econômica desastrosa quebrou o Brasil três vezes, aumentando significativamente a dívida pública, que em 2001 já equivalia a 54,5% do PIB, permitindo a recessão, aumentando os impostos, perdendo o controle sobre a inflação e os juros que repercutiu diretamente, na época, sobre os preços dos alimentos, do gás e dos combustíveis. Quem não se lembra da cotação do dólar, em setembro de 2002, a R$ 3,76? O desemprego em seu governo cresceu 38% no Brasil e nosso país na era tucana tinha 50 milhões de indigentes”, lembrou Galo. “O Estado brasileiro foi desmantelado por uma política de lesa-pátria, com as privatizações criminosas das principais empresas nacionais, estratégicas ao nosso desenvolvimento enquanto Nação, vendidas a preço de banana. Quem não se lembra da série de apagões no sistema elétrico ocorridos no governo FHC e da mesada paga a deputados no Congresso Nacional que garantiu a aprovação da PEC da reeleição, que lhe garantiu a disputa por mais um mandato em 1998? Seu governo sofria com a baixa popularidade e porque ele não renunciou e foi embora do Brasil?”, indagou Marcelino Galo.
O petista rebate tese da oposição de que o governo ignora a corrupção e destaca a "independência" das instituições que investigam irregularidades, como Polícia Federal e Ministério Público da União.
“Nós não somos coniventes com a corrupção, prova maior disso é que as instituições do Brasil funcionam plenamente, investigam e apuram sem interferências políticas. O mesmo não podemos dizer do governo FHC, onde a política do abafa e da blindagem imperava na República. O povo não esquece que, em 2001, ele criou as amarras para impedir a instalação da CPI da corrupção. Essa é a diferença crucial entre Dilma, mulher honrada, honesta, de coragem, estadista e republicana, e FHC", pontuou o parlamentar petista.