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Efetivar a atuação ampla e irrestrita dos profissionais tecnólogos foi a principal demanda do debate sobre a regulamentação e valorização do setor, nesta segunda (10), em seminário na Assembleia Legislativa da Bahia. Em encontro requerido pelo deputado federal Jorge Solla (PT-BA), com apoio do deputado estadual Marcelino Galo (PT-BA), profissionais e representantes do Sindicato dos Tecnólogos do Estado da Bahia (SINDTECNO) discutiram as principais barreiras que encontram para se inserirem no mercado de trabalho, como o impedimento de prestarem determinados concursos e a falta de reconhecimento por parte dos conselhos profissionais. Hoje, no Brasil, existem 6 mil cursos de graduação tecnológica e mais de 1 milhão de alunos matriculados. O Projeto de Lei 2245/2007, de autoria do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) e que regulamenta a profissão de tecnólogo, já foi aprovado em três comissões da Câmara dos Deputados, mas aguarda entrar na pauta de votação há dois anos.
Na fala de abertura do seminário, Galo explicou que com a crescente procura por tecnólogos pelo mercado de trabalho, a educação profissional passou a ser admitida como importante estratégia para que os cidadãos tenham efetivo acesso às conquistas científicas e tecnológicas da sociedade, superando o enfoque tradicional da formação profissional. “Agora, este mesmo Estado, que fomentou a criação dos cursos superiores em Tecnologia, tem a obrigação de regulamentar a profissão de tecnólogo. Por isso, devemos saudar as iniciativas como a de nossa Universidade Federal do Recôncavo da Bahia em fazer concurso público para os tecnólogos em Gestão Pública”, afirmou.“É preciso que o Ministério da Educação dialogue com os conselhos e por parte dos tecnólogos é importante acompanhar o debate com muita mobilização”, enfatizou o petista Marcelino Galo.
Para o deputado federal Jorge Solla, trata-se de um debate político, que todos precisam participar. “A não valorização da profissional de tecnólogo representa um ônus para instituições públicas e privadas, que investiram nos cursos, além de estudantes e formados”, explica. Solla acredita que existe resistência na aprovação do projeto também por interesses políticos das categorias profissionais. Hoje, já existem mestrados acadêmicos voltados para a área tecnológica e a ideia é disponibilizar também doutorados.
Também participaram do debate o presidente do sindicato dos tecnólogos, Roberto Carlos Soares Solla, Silvia Gonçalves, diretora acadêmica da Faculdade Dom Pedro II e Edgilson Tavares Araujo, coordenador de gestão pública da UFRB.