Os movimentos sociais de luta pela terra e comunidades tradicionais estiveram na tarde desta quinta-feira (16) na governadoria para entregar a pauta de reivindicações e exigir o cumprimento dos acordos pelas secretarias do Governo do Estado.
Na pauta, entre outros pontos, os movimentos reivindicaram um maior investimento público para a reforma agrária e para o reconhecimento de territórios tradicionais, entre eles a desapropriação, regularização e discriminação fundiária, que beneficiará mais de 16 mil famílias, a retomada imediata das ações de obtenção de terras para a reforma agrária que estão paralisadas, desintrusão dos pequenos agricultores com posses em terra indígenas e o imediato reassentamento deles na mesma região, educação de qualidade para o campo em tempo integral, além do fortalecimento das tecnologias populares de convivência com o semiárido e da construção e reforma de habitações rurais e urbanas dos acampados, assentados, comunidades indígenas, quilombolas e pescadores artesanais.
O ex-superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) entre 2003 e 2005 e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa (Alba), deputado estadual Marcelino Galo (PT),quearticulou ontem junto com a deputada Fátima Nunes o encontro delíderes de 12 movimentos sociais com o presidente da Assembleia Legislativa,ressaltou a necessidade da luta pelo acesso e permanência na terra e a importância de se garantir questões básicas. “Essa foi uma grande vitória do movimento, pois o Governo colocou na mesa para atendê-los os seis principais secretários, que acordaram uma reunião entre o governador Rui Costa e o movimento, no dia 08 de maio, além de arrumar um método para que a pauta apresentada seja mais especificada, quantificada e regionalizada, de forma que o governador atenda o compromisso dentro das possibilidades do governo”.